Nota:

Oi pessoa, obrigada pelo seu tempo, sua leitura, sua apreciação ou não. Se puder deixe sua opinião, ela será sempre lida. E se por algum acaso for copiar alguma parte de alguma coisa escrita aqui coloque os créditos. É sempre bom estar consciente da fonte das coisas.


Fiquem à vontade conosco e com nossa eterna mania de "eus-bem-líricos".


Enfim, esperamos que gostem.


A.L. - D.

terça-feira, 29 de março de 2011

Fofuras de Orkut


Alô? me traz você, por favor. Me traz e leva embora todas essas coisas chatas que só servem para ocupar minhas horas enquanto você não chega. Eu preciso muito muito de você eu quero muito muito você aqui de vez em quando nem que seja muito de vez em quando você nem precisa trazer maçãs nem perguntar se estou melhor, você não precisa trazer nada, só você mesmo. Você nem precisa dizer alguma coisa no telefone basta ligar e eu fico ouvindo o seu silêncio juro como não peço mais que o seu silêncio do outro lado da linha ou do outro lado da porta ou do outro lado do muro. Mas eu preciso muito muito de você.


Referência não encontrada.
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It doesnt matter who you are...

... We all have our scars  

E nem aquele velho par de jabuticabas gravado nas fotos me consola mais. Mas, mesmo assim a lua me traz vontade de observá-lo, a mesma a quem tantas vezes pedi que os seguissem para mim. Como pode estar aqui, na forma de inspiraração, se nem mais existe?
Acho que esse é o significado de marca.

28/03/11

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Coisas antigas e esquecidas, encontradas pela madrugada em rascunho de celular.

Não se meça com meus olhos. Estes são meus e nenhum outro par te verá como eles.
Não tente medir "isso aqui", porque não se pode. É algo com o qual nem eu mesma posso e jamais pude lidar.
Guardei. Guardei para um para sempre secreto, só meu. Te vejo daqui a quinze anos? 
Não sei.

04/11/10
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domingo, 27 de março de 2011

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É como olhar em volta e só ver vazio, só avistar desesperança de tudo, e tudo tem andando tão embaçado, talvez pelas lágrimas que caem sem querer ou pela situação. É pior que estar cego, perdido em um tiroteio, pois se nada houver ao menos acaba. Mas, na vida não, ela faz coisas piores que explodir fisicamente. Ela às vezes vaporiza tudo.

27.03.11

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Random


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Coisas loucas de momentos críticos.




É fácil ficar aí, nessa posição julgadora. É realmente simples para todo mundo olhar para você e apontar seus erros, suas mágoas e caçoar dos seus medos; mostrar mil soluções e dizer “ é só escolher uma, você ainda tem tempo”, oferecer uma possível “mãozinha” também não deve ser nada mal. Só que na hora de apostar e pagar o preço é só você quem sabe o quanto custa e na verdade na hora mais foda de tudo não existem realmente essas inúmeras “ajudinhas”. E ninguém entende você, parece não existir uma dessas almas julgadoras no mundo que realmente para pare para escutar. No fim só o que resta mesmo é esperar o fim da fase, que o momento passe, afinal não dizem que a vida é somente um amontoado deles?!

27.03.11

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sábado, 26 de março de 2011

Luzes que ficaram

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Coisas escritas no celular quando não se tem tinta e papel em mãos.

Sinto como se minhas pequenas, porem promissoras, asas fossem cortadas, amputadas de mim e a angústia cresce conforme as luzes ficam. Espero enfim achar minha própria luz, minha estrada, encontrar tudo o que anseio, o que espero. Não quero ser metade ou pedaços de tudo que posso ser, desejo tudo, potência máxima, sugar da vida cada gota.

25.03.11
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quinta-feira, 17 de março de 2011

Msn

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Tôquerendo ser egoísta, ficar só comigo e pensar só em mim.
Respostas loucas de msn.


Ando com dúvidas demais, problemas demais para colocar mais alguem na equação
e no fim, isso nem deve importar tanto.
Mais explicações loucas de msn.
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Isso

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E para que não aconteça mais, para que "isso" não saia de mim assim tão sem consentimento, tão puro, tão esboço, tranco-me. E vivo da esperança morna de ser o bastante, de não ser igual, de ser extremo, de ser palavra, de ser feliz.

15/03/11 
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Duas

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E me dá um medo desse novo ser, não um medo bom ou bobo, e sim um medo que não quer se acostumar com si mesmo, que o renega e critica e pior: pavor que este se estabeleça em mim, porque sou duas, a de deveres e conceitos e a palavras soltas e desmazelos. Sinto que ambas não se combinam, não cabem no mesmo espaço. Porém, não me desfaço de uma, nem da outra.

Então eis o impasse. Sou, de fato, duas, mas elas não se gostam, repelem-se e mesmo preferindo a boa moça, acalento-me e encaixo-me nos sentimentos da outra. Acabo por trair a mim mesmo quando me protejo.

16/03/11
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Pensamentos do dia

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.E eu odeio me sentir assim, "mulherzinha", odeio ser tratada como tal. Mas, quando me falam "mulher" sinto um frio "nãoseidoque" na espinha.

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quarta-feira, 16 de março de 2011

Dois lagos

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Então, depois de algum tempo percebi ali uma beleza nunca antes vista naquele rosto, naquele jeito e me apaixonei por aquela pessoa – o que vem se tornando comum – não como carne, como pólos opostos de imã e sim pelo modo com o qual dois lagos residem  nos olhos, não durante o dia com o sol escaldante lhe conferindo vida, vigor ou muito menos como ficam ao anoitecer, tão misterioso e lhe convidando a desvendá-los, mas feito entardecer, quando há aquele estágio de indefinido que faz com que dê uma puta vontade quebrar a cabeça descobrindo como, porque, para que ou o sexo dos anjos. E depois vem aquela breve meditação e o sentimento se finda é sufocado por outras preocupações, anseios, acontecimentos, porém talvez quando estiver em silêncio, prestes a dormir eu me lembre de dois lagos que residem em uma face que pede alguma coisa silenciosamente e depois se fecham e sei que provavelmente amanhã ou em qualquer outro dia eles não estarão mais lá.

Juntando/mesclando acontecidos com imaginados e assim vou.

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O velho, o cachorro e a gota de suor

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Mais um dela, mais partes de sentimentos mistos, internos e loucos colocados para fora por qualquer outra pessoa:


Estou sentada com você ao meu lado. A magreza do seu joelho me parece ser nesse segundo a única coisa que realmente faz o mundo girar. Olho pro seu joelho e quero uma página branca de Word pra escrever "a magreza do seu joelho me parece tão forte agora que faz o mundo inteiro girar". Como é bonita toda a sua magreza e toda a sua altura e o seu andar de coqueiro que dança, se espalha, seduz o ar, mas é tão preso no chão que ainda mata sedes. Está escurecendo e daqui seis horas é ano novo. Preciso começar do zero. Combinei comigo que vou escrever sobre outras coisas e não mais sobre essa única coisa sobre a qual escrevo. Veja você que estava eu com um cara até ele ler meus textos. Veja você que depois eu estava com outro cara até ele também ler meus textos. Te conto isso e você me diz "nós somos inseguros demais e queremos uma garota normal, entende?". Passa então um velho com um cachorro apesar da placa dizendo que é proibido cachorro na praia. E eu tento desfocar do tanto que o seu joelho me oprime e foco no velho. Não quero mais a página em branco do Word. A verdade, meu querido, é que estou cagando para o velho e seu cachorro e para a placa e para a praia. Você com seu joelho e com seu riso largo demais para o charme de maldade que você tenta impor. Você com essa única gota minúscula de suor dependurada no queixo. Você com esse cheiro bom que é mais forte dentro da "canaleta" que vai do centro do seu pescoço até o meio das costas. Você com esse buraco no meio do peito. O que é isso? Você levou um tiro? O que é isso que me dá vontade de te afundar um murro do tamanho da sua pose ou ficar pequena pra dormir de conchinha no centro do seu peito? Olhando para o cachorro que agora vai longe com o velho, Clarice faria um lindo texto sobre a solidão humana ou sobre o fim da vida ou sobre a amizade sem palavras ou sobre como é mais bonito quando um ser aceita ser inferior. Os barbudos melancólicos eternamente tentando inventar um novo jeito de ser o antigo. Os barbudos melancólicos do Mercearia fariam um texto sobre esse velho trepando com o cachorro, sobre a tentativa de não se vender ao sistema e contemplar a vida numa praia, andando com um cachorro. Eles fariam esse texto e se celebrariam e se publicariam e se premiariam. E eles são escritores respeitados. Eu sou apenas a garota angustiada, de cabeça metralhadora, de tremedeira na existência, de maxilares travados de tanto que dói gostar tanto de tudo. Eu sou apenas a garota que tenta ser amada. E sou profundamente amada por alguns meses, até o garoto segurar firme a minha mão e dizer "nós somos inseguros e queremos uma garota normal". E então eu me pergunto se não deveria lobotomizar meu cérebro pra pensar menos, lobotomizar meu coração pra sentir menos, lobotomizar meu espírito pra estar agora menos obcecada pelo seu joelho magrelo. E então eu falaria pouco, teria alguma profissão sonsa dessas que a pessoa fica em cima de apostilas na madrugada ao invés de estar abaixo das estrelas e você poderia me dar a sua mão magrela e nós andaríamos pelas ondinhas secas que fazem bordas de espelho para nossas pernas que seguem juntas. Ou, se ser escritora fosse forte demais, que eu começasse então a escrever sobre o velho e o cachorro. Quem quer bancar a menina que escreve sobre suores e joelhos e cheiros? Eles são inseguros e querem uma garota normal, entende? Você agora penteia o cabelo pra trás, a gotinha de suor pinga na areia fazendo uma lágrima. Você se levanta e vai nadar sozinho. Antes, você se esbarra inteiro no meu corpo, como sempre faz só pra me atordoar e só porque é bem legal ter uma mulher como eu prestando tanta atenção em vocês. Vocês saberiam melhor o que fazer se eu fosse normal, mas algo dentro dessas covardias machistas simplórias e primatas ainda consegue distinguir como é bem legal ser admirado por uma mulher como eu. Antes de me deixar pirando em toda a sua magreza que flutua pelo mundo como uma música leve e impossível de tirar do repeat, você olha pra trás e diz: "mas deve ter alguém que não tenha medo". E eu jamais poderia escrever sobre o velho e sobre o cachorro, até porque eles desapareceram e eu nem percebi.

Tati Bernadi.

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sexta-feira, 11 de março de 2011

Não titulável


Agora que aquele clássico “você” de normalidade começa a se esfumaçar vem todo um medo, pavor de viver sem o fantasma e o que era para ser reconfortante se torna o oposto do confortável.

08.02.11

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quinta-feira, 10 de março de 2011

Estranho desconhecido


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Que saudades de você desconhecido, que aparece em sonhos, que me vem em códigos. Que saudades de você que me faz sentir tão bem, tão sublime, tão acima de todas as coisas e que me faz exata na minha própria complicação, que me faz segura num mundo de gelatina. Seria bom te ver agora, enfim, estranho desconhecido.

10.03.11