Nota:

Oi pessoa, obrigada pelo seu tempo, sua leitura, sua apreciação ou não. Se puder deixe sua opinião, ela será sempre lida. E se por algum acaso for copiar alguma parte de alguma coisa escrita aqui coloque os créditos. É sempre bom estar consciente da fonte das coisas.


Fiquem à vontade conosco e com nossa eterna mania de "eus-bem-líricos".


Enfim, esperamos que gostem.


A.L. - D.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Meu "você".

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Agora você parece tão distante, ser exato. Parece que séculos se passaram desde a última vez que disfarcei o ângulo do meu rosto e te olhei de esguelha, porque não há tempo em que eu consiga estar perto de você sem fazer isso. Pode ser mania ou pode ser que você sempre será o centro de alguma coisa existente em mim. Mesmo que agora eu já não chore tanto, não pense tanto e nem ao menos me desespere tanto tendo você como foco. Ou vai saber se no fundo todos os meus choros e desesperos não são por você de veras. Acho que nenhum deles merece esses meus sentimentos sufocados que apesar de serem tão profundos se fazem silenciosos, talvez seja realmente aquele você de alguns anos atrás o meu “você” certo. Por ventura eu deva parar com a loucura de pensar em outras pessoas que são só pessoas, começo a reconsiderar, mas agora tendo consciência disso, que foi você mesmo. Mesmo já tendo passado, sei que não há possibilidade de voltar no tempo alguns anos atrás e conter meu tremor nas pernas e na voz sempre que se aproximava e segurar na gola da tua camisa e dizer o quanto eu via o mundo em você, como eu me via em você. Pode ser que seja isso mesmo, por isso o presente é tão volúvel, tão não eu, pode ser que o tempo do meu certo tenha se passado. Talvez só me reste à conformidade e a paciência de deixar tudo ao redor pra lá, de prosseguir só comigo mesma e com a lembrança tola de você. Porque sabe, minhas jabuticabas, nenhuma realidade foi ou é melhor do que meu sentimento de pensar em você. Deve ser que esse meu “eu te amo” entalado aqui seja só seu e de mais ninguém. Então, ele deve permanecer aqui, quieto, pois eu sei que você não deve ser mais você e agora eu sou mais desimportante ainda pra sua vida, agora já nada existe, só essas minhas lembranças de ser louco e platônico que sou. Só não deixe mais essas lágrimas caírem por nada, pois combinei com meus pensamentos em suas janelinhas de jabuticabas, combinei que elas só deviam soltar-se por você. Todos eles são humanos demais, e daquela humanidade que me apavora, que me repele. Acho que só você é assim. Foi assim. Penso que era mesmo só você.

07.10.11, postado em 18.10.11.

Anna Lia.
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2 comentários:

  1. Perdi as contas de quantas vezes fui obrigado a me comportar de maneira semelhante, por acreditar que minhas lágrimas seriam sempre dela, e que por nenhum outro motivo (seja ele vivo ou não) elas se libertariam de mim. Obrigado por exteriorizar o que eu nunca tive coragem :)

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  2. Olá!
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