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Eu acordo todos os dias e penso dez vezes o quanto eu me amo, o quanto sou forte e o quanto não acredito em mais nada do que eu mesma. Depois quando essa mera fraqueza humana começa a me afetar penso em motivos para não querer você, em como você tem o cabelo curto demais, como seus olhos tem um ângulo estranho, suas sobrancelhas não são bem formadas e seu sorriso não é nada do que acho lindo. Mesmo gostando das suas mãos. Mas, aí é outro assunto, porque lembro de como você me tem feito sentir asco delas.
Eu ando todos os dias jogando um charme que penso não possuir, mas o esbanjo assim mesmo, só para ver se alguém percebe, se alguém me rouba e me afasta das desilusões que você tem me feito. Sabe, certa vez li um texto* que dizia os motivos da mulher não endereçar um texto ao homem, acho que cheguei a esse ponto, escrevo aqui por você ter passado do nível de única exceção para o resto. Para o nada.
Faz uma semana que antes de fechar os olhos a noite eu penso no quanto tenho dó por você não ter conhecido a verdadeira eu e jogado toda a culpa sobre seus ombros, onde, aliás, deveria ter estado em todos os momentos dessa palhaçada que um dia chamei de história.
* O texto a que faço referência é da Tati Bernadi.
06.08.11
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