Queria apreciar de perto seus gestos. Aqueles gestos meio que descoordenados feitos por suas mãos.
Senti falta não do que poderia ter sido - como de costume -, mas, sim do que já tive.
Aquele inconfundível tom de voz que sempre me mostrava saber mais. E de quando as palavras saiam risonhas de seus lábios.
Olhar negro e perspicaz que parecia ver tudo, mesmo que nunca mostrasse me ver.
Disse-me que eu era uma caixinha de surpresas e eu esqueci-me de dizer o quanto gostaria de ser lida por você.
Consolou-me certa vez. Contudo, eu me encontrava aturdida demais para tentar atribuir algum significado.
Esquecendo tudo, hoje descobri que só te quero por perto. Ao alcance dos meus olhos encabulados e de minhas palavras disfarçadas.
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