Nota:

Oi pessoa, obrigada pelo seu tempo, sua leitura, sua apreciação ou não. Se puder deixe sua opinião, ela será sempre lida. E se por algum acaso for copiar alguma parte de alguma coisa escrita aqui coloque os créditos. É sempre bom estar consciente da fonte das coisas.


Fiquem à vontade conosco e com nossa eterna mania de "eus-bem-líricos".


Enfim, esperamos que gostem.


A.L. - D.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Olhos meus. Só meus.


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Hoje quando escutei a mesma música a senti diferente, quis fugir, não pela primeira ou segunda vez e creio que não pela última, mas, quis ir para os braços de um alguém desconhecido por mim, sem rosto, sem cheiro, sem voz. Só um alguém.

As pessoas dizem que entendem, que eu não vejo, que não é assim, que é simples. Contudo, nenhuma delas está aqui, tem acesso irrestrito a mente e sentimentos meus. Então, como podem saber?

Escrevo, leio, penso, choro, canto. Eles vêem, mas nenhum compreende e até pode ser que eu esteja sendo fraca, redundante, perdida, maluca, arrogante, todavia, ninguém está aqui onde eu estou, vivendo com o que eu vivo, convivendo com que eu convivo e pensando como penso.

Porque eles acham que ordens, deveres, gritos e críticas vão me matar? Fácil, os coitados não sabem o que eu sei, não vêem o que eu vejo e não compreendem.  Não sabem como não é nada difícil abaixar e fingir que não escuto enquanto gargalho por dentro achando-os tolos e pequenos. Podem até segurar minhas asas físicas, pequenas. Porém, não podem com tudo isso que escrevo, leio, penso, choro, canto e rio. Rio muito. São frouxos de risos. Internos. Secretos. Deliciosos.

Não sabem que espero, que faço isso pelo momento em que vou bancar mais que meu escrever, meu ler, meu pensar, meu chorar, meu cantar e meu rir. Vou bancar meu ser e aí, meu bem, talvez aí possam começar a ver o que eu vejo. Não como um ser especial que não me acho ou como alguém dotado de algo extraordinário e sim como alguém que pensa mais do que lhe é permitido, mais de todo esse provincianismo barato e infinitamente mais do que essa onda besta que até pode passar por mim e me envolver por segundos, mas, nunca, não permito que me faça arredar o pé de mim.

E assim pretendo ser, continuar vendo o que só eu vejo, lendo o que só eu leio, escrevendo o que só eu escrevo, chorando como e pelo motivo que só eu choro, e rindo, rindo muito.

17.04.11

Indicação: As Cores - Cine. - Ok, mesmo que você não ache que a  banda colorida seja capaz de produzir algo de boooom vale a pena pelo menos ler a letra.

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Um comentário:

  1. "Hoje canto pra que ouça dos céus que eu não
    Duvidei do amor."
    Triste, triste, Dan.
    E eu não sei o que dizer desse seu escrito. Sei que gostei e te vi bem forte. E me conforto em saber que você está bem - ou que pelo menos está tentando ficar bem. De qualquer forma, saudade dói e eu sei que você sabe disso, minha Errante.

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